A reencarnação segundo o Espiritismo, ou Pluralidade das Existências, é um dos princípios básicos da Doutrina Espírita.
Mesmo que outras doutrinas acreditem que todos nós nascemos várias vezes, Allan Kardec explica esse conceito de modo mais aprofundado. E totalmente racional!
Uma vez que esse tema desperta muito interesse, inclusive de pessoas que não são adeptas do Espiritismo, trazemos aqui algumas informações relevantes para você. Siga na leitura e saiba mais!
1. Como definir a Reencarnação segundo o Espiritismo?
O tema aparece em todas as obras da Codificação Espírita, mas vamos recorrer a uma definição bem objetiva, deixada por Allan Kardec na obra O Evangelho Segundo o Espiritismo.
Segundo esse livro, que explica os ensinamentos do Novo Testamento Bíblico à luz da doutrina, reencarnação é “a volta da alma ou espírito à vida corpórea, mas em outro corpo especialmente formado para ele e que nada tem de comum com o antigo”.
2. Por que os Espíritos reencarnam?
A Pluralidade das Existência não é uma punição, como alguns acreditam. A reencarnação segundo o Espiritismo nos ensina que trata-se de uma grande oportunidade de evolução espiritual.
Afinal, Deus cria os Espíritos simples e ignorantes e suas trajetórias terrenas são essenciais para o aprendizado. Ao longo de cada uma delas, fazemos escolhas (boas ou não), vivemos experiências variadas, reparamos erros, temos acertos. E assim vamos conferindo experiência ao Espírito que, a cada encarnação, avança um pouco.
3. A reencarnação é uma imposição ou aceitamos a existência a ser vivida?
Sabe aquela famosa frase que diz: eu não pedi para nascer? De acordo com os princípios espíritas, não é verdade. Aceitamos reencarnar, nas condições que teremos que viver e no meio necessário para nosso aprendizado.
Afinal, sabemos que as existências terrenas são imprescindíveis para a evolução espiritual. Apenas em raríssimas exceções, quando o Espírito não tem condições de decidir seu retorno, mas precisa disso, a volta ao corpo físico é preparada por Espíritos mais esclarecidos.
Contudo, sempre seguindo um plano elaborado para que haja o melhor aproveitamento possível da existência carnal e, claro, com o consentimento Divino. Ou seja, a reencarnação segundo o Espiritismo sempre será positiva para o reencarnante.
4. Plurarilidade das Existências: quantas vezes reencarnamos?
Não existe um número previamente estabelecido. Cada um vai reencarnar quantas vezes forem necessárias para seu crescimento, até chegar a ser um Espírito puro.
Porém, a reencarnação segundo o Espiritismo nos ensina que cada uma dessas existências ajuda a moldar nossa alma imortal. Isso se dá mediante a convivência com as pessoas, as condições de cada corpo físico, a influência do meio, etc.
5. O que a reencarnação segundo o Espiritismo fala sobre a volta como um animal irracional?
Algumas doutrinas acreditam que podemos voltar no corpo de um animal. Porém, a Codificação Espírita nos explica que o Espírito nunca retrocede e, assim, não seria lógico nascer em um corpo que limita nossa capacidade de ação neste mundo.
E que, também, não permite que usemos nossa inteligência e livre-arbítrio para evoluir. Desse modo, a Pluralidade das Existências só ocorre com o renascimento como seres humanos.
6. Reencarnamos sempre na mesma família?
O lar é a primeira escola que temos na vida carnal e, quase sempre, a nova existência se dá ao lado dos seres com quem convivemos em outras oportunidades.
Esse reencontro permite que reparemos erros cometidos com essas pessoas – ou vice-versa -, que possamos dar prosseguimento ao aprendizado conjunto e reforçar os laços de afeto. Aliás, eles não se acabam com a separação física imposta pelo desencarne, e o reencontro é natural para os que se amam.
No entanto, a reencarnação segundo o Espiritismo ensina que vamos mudando de papel – o filho hoje, pode ser o pai amanhã, por exemplo.
Mas, quando preciso, podemos reencarnar em um núcleo diferente. Ou receber um Espírito que não é de nossa convivência anterior.
O importante é lembrar que tudo ocorre seguindo as Leis Divinas ou Naturais, criadas por Deus. E sempre considerando nosso progresso espiritual.
7. A reencarnação reforça a Justiça Divina?
Podemos afirmar que sem a reencarnação não haveria Justiça Divina. Somente a Pluralidade das Existências pode explicar uma série de ocorrências que vemos diariamente.
Se hoje vivemos com dificuldade, amanhã teremos melhores condições financeiras. Uma existência somos homens, na outra, vivemos as experiências que só podemos passar sendo mulheres – e assim sucessivamente.
Uma só oportunidade, em condições tão diversas de uma pessoa para outra, não pode ser justo. Assim como não é lógico que a vida após a morte física ofereça as mesmas opções para todos, independentemente das escolhas feitas.
Colher os frutos de nossas escolhas, tendo sempre uma nova possibilidade de recomeçar, aprender e melhorar. Isso sim, é condizente com um Ser maior que nos ama incondicionalmente.
8. A reencarnação segundo o Espiritismo explica a genialidade ou a falta dela?
A Pluralidade das Existências é a única explicação racional para mentes geniais e para as experiências que precisam ser vividas em corpos físicos que possuem algum tipo de dificuldade, seja nas condições motoras ou intelectuais.
No primeiro caso são conhecimentos passados que se manifestam, muitas vezes na tenra idade. Como no caso de crianças que são virtuoses em um instrumento, sem nunca terem estudado música.
Ou, ainda, Espíritos que nascem com um corpo com limitações. Não por castigo, que não existe na Doutrina Espírita, mas para aprender e ensinar os que convivem com eles.
Gostou de saber mais sobre a reencarnação segundo o Espiritismo? Então, continue acompanhando nosso blog para ficar por dentro dos ensinamentos espíritas.
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