Separação de entes queridos: o luto em tempos de distanciamento social

 

Tendo em vista que em novembro há uma data específica para lembrar os que retornaram à Espiritualidade e, também, que muitas pessoas procuram notícias de seus entes queridos desencarnados, em novembro de 2020 o Centro Espírita Gabriel Ferreira, o Gabi (localizado na zona norte de São Paulo), terá uma programação especial.

Confira aqui mais detalhes do ciclo de palestras online, o Novembro Especial: Separação momentânea de entes queridos.

Conheça, ainda, a orientação de Rosely de Moraes Borges Paulinho, Psicóloga, sobre o luto em tempos de pandemia e de distanciamento social – um dos questionamentos feitos na primeira palestra dessa série.

Novembro Especial no Gabi: Separação momentânea de entes queridos

A Doutrina Espírita oferecer informações racionais e altamente consoladoras em relação ao desencarne. Isso porque detalha o que acontece com o Espírito após a morte do corpo físico e, o mais importante: demonstra que o amor entre as pessoas jamais acabam e que o reencontro para aqueles que se amam é certo – no momento certo.

O Espiritismo também revela que podemos manter contato com os entes queridos que partiram antes de nós para a erraticidade, através do pensamento, no momento de emancipação da alma (quando o corpo adormece e o Espírito fica livre na Espiritualidade até o momento do despertar) e, ainda, através de mensagens por psicografia, por exemplo – veja algumas mensagens contidas no livro O Céu e o Inferno, de Allan Kardec.

Por tudo isso, claro, o correto não é pensar que perdemos alguém que amamos, mas que nos separamos momentaneamente – como se ele  tivesse feito uma viagem para outro local.

Confira a programação geral do Novembro Especial: Separação momentânea de entes queridos:

  • 06.11.20: O que é a “morte”, afinal?, com Jeferson Betarello
  • 13.11.20: Esclarecimentos sobre o passamento, com Paulo R. Castanheira
  • 20.11.20: O desencarnado na erraticidade, com Onivaldo Silva
  • 27.11.20: Psicografia: recebendo notícias, Equipe da USE Vila Maria (que, desde 2009, mantém uma reunião de Psicografia)

As palestras ocorrem via Zoom, tendo uma explanação, seguida de perguntas feitas pelos participantes, com respostas dos expositores. Participe e envie suas dúvidas.

E, por falar em dúvidas, um dos temas levantados foi a questão das mudanças havidas nos funerais durante a pandemia, haja vista que não é recomendado encontros, abraços, entre outros.

Conversamos com a Psicóloga Rosely de Moraes Borges Paulinho sobre o assunto e ela nos deu ótimas dicas. Veja a seguir.

Lidando com o luto durante o distanciamento social, por Rosely de Moraes (Psicóloga)

Acredito que, desde sempre, precisamos refletir muito em nossa fé e crença em nosso Pai e Criador. Só assim poderemos perceber se realmente acreditamos que Ele determina e permite que nos aconteça aquilo que realmente é bom para nossa evolução e que está de acordo com o que “semeamos” em algum tempo de nossa existência, bem como o que “necessitamos” rever, reavaliar e corrigir por não ser correto de nossa parte. Isso porque, simplesmente, nossa tendência é achar que não merecemos nenhuma dor ou sofrimento.

Dessa forma será mais fácil aceitar as determinações D’Ele de modo mais confiante, com a certeza de que seremos amparados e cuidados.

E, assim, quando tivermos que enfrentar o luto, especialmente neste momento em que a aproximação física com o outro está restrita e pedindo tantos cuidados, podemos nos permitir várias possibilidades.

# Dica 1: Manifeste as emoções

Deixar que nossas emoções e dor possam se manifestar, com o equilíbrio de quem se sente amparado pelo nosso Pai Maior.

É essencial poder chorar pela dor desse  “tipo” de separação. Se permitindo falar da dor da falta, da tristeza, da inconformação, da insegurança, da mudança que isto vai causar na sua vida e tantos outros sentimentos.

# Dica 2: Use a tecnologia

Uma segunda forma de vivenciar esse luto na atualidade é poder contar com a tecnologia.

Os encontros virtuais através das plataformas permitem que os parentes e amigos de quem desencarnou se encontrem para falar de quem se despediu deste plano – até os que estão fora do da cidade, estado ou país poderão participar.

# Dica 3: Preste homenagem

É muito salutar que haja trocas de histórias que aconteceram, de casos, que lembrem de momentos marcantes, de coisas que a pessoa gostava, falava ou fazia.

Pode-se prestar homenagem através de uma prece, da leitura de uma poesia, ou um pequeno texto. Pode-se escrever  uma cartinha para o ente que partiu, deixando a emoção fluir.

Pode-se colocar uma música que a pessoa gostava ao fundo, falar de uma receita culinária que ela pessoa gostava de fazer ou comer, etc. E, claro, fatos engraçados são bem-vindos!

Faça tudo como faria, naturalmente, se a pessoa estivesse encarnada, mas tivesse faltado à reunião de entes queridos

# Dica 4: Inclua a criança

As crianças podem e devem participar e dar sua contribuição. Podem apresentar um desenho como homenagem, uma cartinha ou cartão, bem como o relato de seu sentimento com relação ao desencarnado.

Essas dicas representam uma forma mais saudável de vivenciarmos um luto neste e em qualquer outro tempo. Mas a reflexão sobre o desencarne precisa começar desde já.

 

Acompanhe nossas lives no Novembro Especial: Separação momentânea de entes queridos. Aproveite para ler nossos conteúdos, sempre pautados na Doutrina Espírita – eles esclarecem e dão esperança. Para começar, conheça os artigos abaixo:

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